Sandra Amara
Fisioterapeuta e Mestranda em Ciências do Movimento
Sempre se pensou que o conteúdo do DNA era determinante no surgimento de doenças ditas hereditárias e hoje sabemos que os fatores extrínsecos à célula, ou seja, os fatores que vem de fora como alimentação, poluição, interpretações emocionais dos fatos da vida, é que são determinantes no processo de informação celular e sua consequente cascata de ações e transformações na fisiologia orgânica.
Segundo os estudos do Dr. Bruce Lipton (https://www.brucelipton.com/resource/article/chiropractic-philosophy-and-the-new-science-emerging-unity), a Biologia da Percepção demonstra o comportamento celular frente a um estímulo ambiental. Este estímulo ambiental é quem comanda as mudanças e comportamentos da célula, e não o núcleo e o DNA, como antes se pensava. A dupla hélice do DNA do núcleo celular onde estão guardadas as informações genéticas, não é um centro de comando, mas uma executora que replica moldes de proteína, que vão mudar o comportamento da célula, obedecendo a uma ordem.
Isto é uma mudança de paradigma fundamental, pois quer dizer, dentre outras coisas, que não estamos predestinados a desenvolver doenças herdadas geneticamente, mas podemos nos tornar cada vez mais fortes e saudáveis, dependendo do filtro que usamos (do que escolhemos) para captar e enviar sinais e mensagens para nossas células!
Por 50 anos a ciência acreditou que os genes estavam no controle da biologia celular, isto está em todos os livros de biologia e é totalmente falso, segundo o Dr. Bruce. Genes não podem se ativar ou desativar sozinhos. Eles precisam de um sinal, um comando vindo de fora deles para fazer isto. Se o sinal não mandar, eles ficam quietos. E para este sinal mandar, tem que ser através de um estímulo vindo do ambiente.
Mas e o gene do câncer herdado dos pais, por exemplo? Ficará quieto por toda uma vida, e só se tornará ativo se receber um comando para isto. Um comando que vem de fora da célula, do ambiente externo, da percepção ou crenças que resolvemos acreditar e tornar verdadeiras.
Este comando que vem de fora da célula, vem em forma de sinal captado pela proteína receptora da membrana celular. Ela então transmite este sinal para o citoplasma da célula que procura pela proteína alvo, aquela que vai receber o sinal e executar o trabalho. Se a proteína alvo não está presente no citoplasma da célula, o sinal vai para o núcleo, entra em contato com a proteína regulatória que envolve o DNA, separando todas as proteínas que o envolvem e tornando-o exposto. Então ocorre uma cópia dos genes expostos, chamada RNA, que é a matriz usada para produzir aquela proteína que estava faltando, e interagir com o sinal vindo de fora da célula, alterando o seu funcionamento e comportamento.
O sinal vindo de fora, nada mais é do que a percepção, ou seja, aquilo que acreditamos ser verdade, independente de ser ou não. É esta crença que controla o funcionamento da célula e seleciona quais genes serão ativados, se os que nos trarão doença ou aqueles que trarão saúde. Percepção é crença. Crença rege o funcionamento celular.
A Engenharia Genética demonstra que temos genes cuja função é reescrever outros genes quando necessário, ou seja, adaptá-los ao que o meio espera deles. Segundo o Dr. Ph. D. Lipton, 95% dos casos de câncer não têm ligações hereditárias, foram produzidos pelas percepções dos indivíduos ao reescreverem seus genes normais, transformando-os em cancerígenos.
Nossas próprias crenças selecionam e reescrevem os genes para que estes possam dar respostas a elas. Elas estão ali, obedientes, esperando o que virá de nós. Se o que pensamos vai determinar o comportamento, seleção e reescrição dos genes, então temos uma imensa responsabilidade, desde já, em selecionar em meio ao caos, tudo o que for razoável, bom, sensato, salutar, solidário e amoroso.